quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Embalo sonolento


O trem apitou

O vento gemeu

A árvore balançou

A cidade adormeceu.


Nesse embalo sonolento

Todos sonham que um dia

O despertar será diferente

Sem a mordaça que angustia


O medo terá ido embora

O aprisionamento virará alforria

O vírus que adoece e mata

Perderá essa "guerra fria".


Oxalá, o homem aprenda!

Que com a vida não se brinca

E humildemente reconheça

O quanto a existência é rica.


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.