sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Sou...



Sou uma pequena planta da floresta.
Uma folha da majestosa árvore.
Uma gota do forte orvalho.
Um botão da futura flor!

Sou um ruído de um estrondoso som!
O primeiro ponto de um traço.
O contorno de um desenho.
A intensidade de uma cor!

Sou um dos gêneros da espécie humana.
O sabor contundente do paladar.
O corpo em contínuo movimento.
E a alma sempre a devanear!

Sou o acerto dos meus tropeços.
O reflexo das minhas memórias.
O resultado de muitos acontecimentos.
O presente e futuras histórias.


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Sombreado


Acinzentou
Escureceu
O dia fechou
O Sol se escondeu.

Menino chora
Quer brincar
Chuva não deixa.
Só faz molhar.

Tudo encharcado
Umedecido
Tudo sombreado
Descolorido

Silêncio se mistura
Ao barulho da chuva
Que cai no telhado
E alaga a rua.

Tudo encolhido
Sombrio!
Sonolência, preguiça
Vazio!

*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

Pedaços



Criança que brinca
Galo que canta
Pinto que pia.
Luz que brilha.

Pássaro que voa
Nuvem que passa
Peito que chia
Barulho que ecoa.

Vento que sopra
Porta que bate
Homem que labora.
Menina que sonha.

São pedaços!
Fragmentos da vida
Partes de um dia
Que findará!


*Autoria de Maria auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Tarde viva.



Céu azul
Sol a brilhar
Tarde viva
A pulsar!

Visão estampada
De cores vívidas
Árvores dialogando
Acenando vida!

E eu no silêncio
Aprecio a tudo
Desabotoo a alma
Dou voz ao que está mudo.


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

sábado, 25 de abril de 2015

Canteiro de emoções



Um dia!
Uma melodia.
Um abraço!
Num compasso.
Uma palavra!
Coisa rara.
Um olhar!
Sol e mar.

Um encontro!
Fez o ponto.
Um diálogo!
Sossego.
Uma frase!
Fez a crase.
Uma expressão!
Fez a canção.

Quisera sempre!
Este fato presente.
Que bom seria!
Se a cada dia,
O afeto germinasse.
A vida se coloriria!

Que alegria!
Quando encontramos
Rosas bem cuidadas
E belas composições.
Tudo vira poesia.
Canteiro de emoções!


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Gentileza




A amabilidade e a cordialidade
Já faz tempo o homem perdeu.
As pessoas já não se olham.
A afabilidade desapareceu!

Não se fala mais, bom dia!
Boa tarde! Não existe mais.
Por favor! Muito obrigado!
São tratamentos anormais.

A conversa esvaziou.
A delicadeza embruteceu.
A cortesia caducou.
A humanização desapareceu.

Profeta Gentileza, ao morrer.
Levou consigo o fino trato.
Ficaram a grosseria e a intolerância,
A aspereza e a ignorância.

Afeto e solidariedade.
Educação e delicadeza.
Para quem as possuem
É uma grande riqueza.


*Autoria de Mª Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Magnitude




Altas, frondosas e coloridas.
Esquálidas, frágeis e ressequidas.
Todas nas suas singularidades.
Carregam junto às suas raízes.
Muitas histórias de vida.

Árvores, seres fantásticos e intrigantes!
Que suportam muitas intempéries.
São sempre democráticas e altruístas.
Dividem com outros seres, suas conquistas.

Mesmo, muitas vezes, invisíveis ao homem.
Doam para este incondicionalmente
O ar, a sombra, o descanso e o alimento
E em troca, só pedem o cuidado e respeito.

Árvores contam histórias.
Revelam muitos fatos e acontecimentos
Muitos amores e dissabores.
Mas, são deixadas no esquecimento.

Quiséramos nós humanos
Sermos um pouco árvores!
Observadoras, sábias e sustentáveis.
Pacientes, generosas e amáveis.


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.