Quero o palhaço do circo,
Que me faz rir ou chorar.
Que me faz rir ou chorar.
Quero o olhar da criança,
Que ainda é capaz de sonhar.
Quero pensar que ainda existe
A graça, o encanto e a fantasia.
Quero acreditar que é mentira,
A amargura, a aridez e a hipocrisia.
Quero pensar que é ilusão,
Tanta gente apática e fria.
Tanta gente pálida e sem brilho.
Caminhando cegamente sobre trilhos.
Quero visualizar a cor, o movimento, a alegria.
A vida, o ritmo, o som e a vibração.
Quero ver gente com brilho que irradia
Quero ver de novo, a surpresa, a admiração.
Quero ver gente que pensa e vira a mesa
Gente entusiasmada e ativa.
Quero ver gente travessa,
Teimosa, incontida e viva.
Quero tudo que reflete a figura do palhaço.
Graça, barulho, riso, dor e emoção.
Só não quero mais acreditar,
Que as pessoas estão vivendo
Estagnadas palidamente na mesma estação!
*Autoria de Mª Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.