sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Essência




   Essência é o necessário,
   É o básico, o primordial.
   É o que há de mais importante.
   Essência é o essencial.

  O essencial é de cada um.
  É o que agrada e dá prazer.
  É o que gera o bem-estar.
  E dá sentido ao viver.

  As essências são muito diferentes
  Vão desde as básicas, às mais complexas
  E mesmo não sendo iguais
  Todas são fundamentais.

  Cada existência escolhe a sua essência.
  Cada vida tem sua necessidade.
  E cada essência é para cada pessoa
  Uma concepção de felicidade.


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.  

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A reviração do revirar.



Revirando,
o revirado.
Me procurei!

Insistindo
no revirar.
Me encontrei!

Revirando,
remexendo
o revirado.
Me revirei!

Nesse movimento, me analisei.
Nesse processo longo e árduo, 
Me reconheci
E logo constatei

Que eu não estava revirada.
Eu estava misturada!
Por isso, eu me confundia
Não entendia!

Porém, agora me percebi,
me libertei e me compreendi.
Joguei fora o que não servia, 
O que não prestava e o que não cabia.
Me ajustei. Me achei!

Fazer tudo isso é se ver.
Se libertar e se alegrar.
É sentir prazer diferente, 
E experimentar novo paladar.


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

sábado, 5 de outubro de 2013

Conversa Fiada.



Conversa fiada.
É conversa inventada,
Vazia, boba, malfadada
E sempre intencionada!

Conversa fiada é carregada
De curiosidades e insinuações. 
É sempre dissimulada.
Cheia de inclinações.

A conversa fiada por ser enganosa.
Engana até quem a criou.
Que pela falta de bom senso
Embaralha-se no que inventou.


 *Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

domingo, 14 de julho de 2013

Despertar de verão.



Leveza,
Flutuação,
Paz,
Tranqüilidade!

Prazer,
Satisfação,
Sonho bom,
Liberdade!

Sem meias palavras,
Sem encucações,
Sem desconfianças,
Sem tergiversações.

Dialética necessária!

Desdobrou,
Mostrou-se,
Escancarou,
Revelou-se.

Contradição extraordinária!

Aliviou,
Suavizou,
Extirpou,
Saturou.

Ressuscitação.
Mudança.
Superação.
É o despertar com sol de verão!


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

sábado, 13 de julho de 2013

Tempo e Paciência.



O que tem que acontecer
É deixar o tempo resolver.
Ouvir a voz do silêncio
E as batidas do coração.
Respeitar a paciência
E a suave canção.

O que tem que acontecer
É deixar o tempo mostrar.
Aguçar o olhar sobre o mundo,
Ver as cores se revelar.

O que tem que acontecer
É deixar o tempo falar.
Afinar a audição.
Cuidar da sensibilidade.
Dar liberdade à emoção.


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Transposição.

Serenidade.
Força!
Sutileza e energia.
Movimento.
Repouso.
Contemplação e nostalgia.

Respeito.
Certezas!
Silêncio e reflexão.
Lembranças.
Calmaria.
Firmeza e admiração.

Pensamentos.
Ideias.
Agito e revolução.
Perguntas.
Dúvidas.
Atitude e decisão!

Metáfora.
Transposição.
Vida/Natureza.
A mesma melodia.
A mesma composição!


* Texto de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.
* Fotografia de Rodrigo Figueiredo Nery - Porto de Corumbá-MS - Rio Paraguai.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Sombra.



Tem gente que tem sombra,
Que assombra o tempo inteiro.
Vive sempre desconfiando,
Com descrença e receio.

Não consegue criar laços,
Não consegue acreditar.
Duvida sempre de tudo.
É incapaz de cativar.

Viver assim é assombroso.
É deixar fantasmas dominar.
Os olhos ficam embaçados.
E a cabeça a azedar.

Saia sombra, assombração!
Deixe a vida caminhar.
Deixe os ouvidos audíveis
E os olhos enxergar.


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

sábado, 11 de maio de 2013

Sem Inspiração.



Sem vontade,
Sem ideia,
Sem desejo,
Sem saudade.

Sem certeza,
Sem coragem,
Sem atitude,
Sem paisagem.

Sem razão,
Sem emoção,
Sem fala,
Sem inspiração.

Só contida,
Só calada,
Só pensando,
Paralisada!


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Jeito meu.



Jeito meu é simples e introspectivo.
Observa, analisa e pensa.
Tem reserva, cautela e cuidado.
Mas, é também muito afetivo.

Jeito meu tem carinho, 
Cuida e aconchega.
Mas, facilmente magoa e desconfia.
E, quando isso acontece
Abandona, esquece e desvia.

Jeito meu é corajoso, intrépido e determinado.
Arrisca, busca, acredita e ousa.
Jeito meu sofre, chora, 
Fica ferido, mas logo voa.
Não tem tempo e não consegue ficar muito tempo,
Se ocupando com coisa broa.

Muitas vezes, jeito meu é incompreendido,
Mitificado e até fantasiado.
Quando isso acontece fica perplexo, se defende.
Brinca e acha graça de muita gente.

Jeito meu é desse jeito.
Às vezes simples e, outras vezes, complexo.
Às vezes brincalhão, outras vezes, sério.
Às vezes claro ou com algum mistério.

Jeito meu, só busca alma, sensibilidade e emoção.
Jeito meu se irrita com a falta dessa percepção.
E segue imaginando um dia encontrar,
O outro jeito, com delicadeza e visão.


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

domingo, 10 de março de 2013

Morno.


Às vezes, algumas coisas na vida, 
De repente, se tornam sem graça. 
Sem brilho e sem motivação.
Se arrastam cansadas e sem vibração. 

Parece tudo destemperado. 
Sem ânimo e sem expressão.
Há um esforço no entusiasmo, 
Na vontade e na comunicação.

Só o silêncio passa a estar presente, 
Acompanhado de conversas aborrecidas. 
Sem qualquer vida e sem inspiração.
Sem encanto e sem fascinação.

É o fim do começo, 
Do que foi apaixonante.
Não está quente e nem dá mais frio.
Só se faz morno e vazio!


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Dinâmica.



Passa o trem,
Passa a boiada.
Passa o rio,
Passa a passarada.

Passa o vento,
Passa o tempo.
Passa a gente,
De repente!

Passam os fatos,
Passam os momentos.
Passa o fascínio
E o encantamento.

Passa o desejo,
Passa a vontade.
Passa o brilho,
Passa a intensidade.

É a dinâmica
Com sua intransigência.
É a vida
Rigorosa e autêntica.


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Gente.



Gente é "bicho" muito estranho.
Esquisito por demais.
Uma hora está bem,
Já outras horas, não mais.

Gente tem muitos lados.
Que fica até difícil acertar.
Ficamos sempre em dúvida.
Quem nós iremos encontrar.

Os lados não são iguais,
São diferentes e contrários.
Às vezes, um lado é alegre, positivo
Já o outro é ranzinza, negativo.

Um lado pode ser confiável.
O outro pode gerar receio.
Um lado pode ser terno e amigo
O outro só interesseiro.

Gente surpreende sempre.
Age igual a um camaleão.
Muda inesperadamente.
E, às vezes, nos deixa sem chão.

Gente, tem burra, tem lua!
Mau humor e cara feia.
Tem estresse e nervosismo.
Por bobagem e besteira.

Gente não é fácil de entender.
Não é fácil de lidar.
Só mesmo convivendo,
Para tentar analisar.

Mas, o engraçado disso tudo.
É que eu também sou gente.
Tenho os meus lados.
Camaleonando convenientemente.


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Meu pequeno universo.


Um dia, me perguntaram em que mundo eu vivia. Senti estranheza com tal pergunta e fiquei sem resposta. Não entendi o por quê, e não consegui enxergar o sentimento que havia por trás da pergunta. O silêncio tomou conta de mim e de meus pensamentos. Por muito, muito tempo mesmo, essa indagação ficou  instalada em mim. Gerou muitas reflexões.
Hoje, a resposta flui fácil e serena, pois aprendi a perceber como e onde eu vivo, e a compreender o que perturbava quem me indagava.
Magicamente percebi que vivo num universo muito peculiar, muito meu e que me constrói todos os dias. Me dá serenidade, paz, transparência, segurança, liberdade, autenticidade e fibra.
Meu universo pode ser pequeno e não seguir o padrão estabelecido. Como também, não possuir ostentação. Mas, é sólido, muito verdadeiro, aconchegante e me protege. Nele encontro a simplicidade no modo de viver. Encontro rostos, histórias e emoções. Encontro desejos, vontades, sonhos e ilusões.
No meu pequeno universo, a vida é calma e sem sofisticação. Nele tenho algumas coisas que me fazem plena: o cachorro que brinca comigo, me lambe e sempre me espera; a cama limpa e macia; a casa segura gostosa que me ampara; a comida caseira e bem feita que alimenta meu corpo; a harmonia e a paz que alimentam a minha alma. Tenho pessoas que gostam de mim, me fortalecem, me respeitam, me dão afeto e cuidado. O trabalho e minhas ideias que me realizam. A saúde que me dá disposição. O cotidiano e a vida costumeira.
Claro que, no meu pequeno universo também existem muitas saudades, lembranças, algumas dores, memórias e fatos, que ora me faz rir e ora me faz chorar. Existe a minha real história!
No meu pequeno universo, os sentimentos transbordam, a sensibilidade persegue e a fantasia insiste.
O meu pequeno universo, me possibilita sempre encontros, trocas, companhias, mesmo quando estou sozinha. Me oferece conquistas, vitórias, desafios. Me ensina e mostra que não existem certezas, mas tentativas e possibilidades. 
No meu pequeno universo, a vida caminha e me enriquece todos os dias.
Meu pequeno universo é muito discreto, mas me completa e me faz capaz. Nele tenho sempre a terra, que me oferece o chão para pisar e me movimentar. Tenho o ar para respirar e flutuar quando for preciso. Tenho o vento que me transporta e refresca o dia. A luz que me ilumina. O sol que me aquece, clareia o meu dia e me faz sentir viva. A lua que me acalanta e me inspira. As estrelas que me alegram e fascinam. As flores que me oferecem diferentes perfumes. Tenho a musicalidade, o som, o ritmo para meus ouvidos. A diferentes formas e texturas para eu tocar e sentir. As ideias que constroem meus pensamentos e pontos de vista. Os diversos sabores para meu paladar e o silêncio para refletir.
Pensando bem, meu universo não é pequeno. É grande, vibrante, forte, real, enriquecedor e me dá a vida.
Vida essa que me possibilita ser o que eu sou, a conhecer outros universos e a compreender que para alguns indivíduos, infelizmente não existe o universo, mas apenas um mundo pequeno, monótono, superficial, frágil, igual e bisbilhoteiro. Por isso, se ocupam com o mundo que os outros vivem.


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.