o revirado.
Me procurei!
Insistindo
no revirar.
Me encontrei!
Revirando,
remexendo
o revirado.
Me revirei!
Nesse movimento, me analisei.
Nesse processo longo e árduo,
Me reconheci
E logo constatei
Que eu não estava revirada.
Eu estava misturada!
Por isso, eu me confundia
Não entendia!
Porém, agora me percebi,
me libertei e me compreendi.
Joguei fora o que não servia,
Que eu não estava revirada.
Eu estava misturada!
Por isso, eu me confundia
Não entendia!
Porém, agora me percebi,
me libertei e me compreendi.
Joguei fora o que não servia,
O que não prestava e o que não cabia.
Me ajustei. Me achei!
Fazer tudo isso é se ver.
Se libertar e se alegrar.
É sentir prazer diferente,
Me ajustei. Me achei!
Fazer tudo isso é se ver.
Se libertar e se alegrar.
É sentir prazer diferente,
E experimentar novo paladar.
*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.
Parabéns, Auxiliadora! Sua poesia é um biscoito fino!
ResponderExcluirAo ler sua bela poesia lembrei-me de um verso do Caetano, em “Cá já”, que, diante das dificuldades, das vicissitudes da vida, aconselha: “... volta para si sem queixa...” Em “a reviração...”, contudo, você acrescenta a esse” voltar-se para si” o ensino socrático de “conhecer a si mesmo”, talvez a maior façanha que possamos ter em nossa existência. É verdade que essa jornada de analisar-se, descobrir-se, entender-se, desconstruir-se, enxergar-se exige grande labuta. No entanto, o resultado costuma ser valioso, pois nos permite saborear o verdadeiro prazer da vida. Você tem grande talento! Desse modo, não deixe nunca de confeccionar dos seus biscoitos finos!
Evanildo Tadeu
Muito obrigada pelas belas e bem colocadas palavras. Fico feliz que tenha gostado da minha produção. Escrever para mim é uma necessidade e lazer. Abraços fraternos!
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