quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Vida Esturricada

 

Vento quente bate na janela

Sol ardente queima a pele

É o calor em demasia

É o suor que expele.


Altas temperaturas

Céu esfumaçado

Dias de secura

Corpo desanimado


Plantas ressequidas

Solo desidratado

Tudo muito árido

Tudo craquelado.


A vida desalentada

A fala muito cansada

A roupa esturricada

A água evaporada.


É a severa estiagem no clima 

É a dolorida estiagem nas almas!

Só relações tensas, amuadas.

Só azedumes! Pessoas contrariadas.


É a conta que se paga

Quando a vida é transgredida

Nada mais é respeitado

Tudo fora da medida.


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.