sexta-feira, 15 de maio de 2009

Era uma vez...




Era uma vez...


Era uma vez uma mulher.
Era uma vez uma mulher que amou um homem.
Era uma vez uma mulher que amou um homem e ficou grávida.
Era uma vez uma mulher que amou um homem e ficou grávida e deu à luz um bebê.

Era uma vez uma mulher que amou um homem e ficou grávida e deu à luz um bebê e começou a amamentá–lo e a brincar com ele.

Era uma vez uma mulher que amou um homem e ficou grávida e deu à luz um bebê e começou a amamentá-lo e a brincar com ele e a se lembrar de quando brincava de mamãe com suas bonecas.

Era uma vez uma mulher que amou um homem e ficou grávida e deu à luz um bebê e começou a amamentá–lo e a brincar com ele e a se lembrar de quando brincava de mamãe com suas bonecas, achando graça da idéia de seu filho ser seu boneco, sem ser da conta de que, um dia fora boneco de sua mãe.

Era uma vez uma mulher que amou um homem e ficou grávida e deu à luz um bebê e começou a amamentá–lo e a brincar com ele e a se lembrar de quando brincava de mamãe com suas bonecas, achando graça da idéia de seu filho ser seu boneco, sem se dar conta de que de início todos os filhos são brinquedos de suas mães.

Era uma vez um bebê, que teve a sorte de ser por um instante brinquedo de sua mãe, aprendendo a brincar com ela para assim tomar posse do seu próprio brincar e passar a viver criativamente no mundo.


* Texto de Autoria Anônima.