terça-feira, 25 de julho de 2017

Desalinhamento


Dia sonolento e longo.
Cheiro de café fresco na cozinha.
Sombra refletida na janela.
E a inquietude que azucrina.

O vazio invade o espaço.
Traz uma sensação infinita.
Sentimentos se misturam.
Coração bate forte. A alma grita!

É a desconstrução do construído.
O avesso de uma mesa posta.
O início de um redemoinho.
O desalinhar, a reviravolta.

*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Analogia



Ela tem os seus humores
Suas faces e seus ciclos.
Brinca e zomba da gente
Somos sempre surpreendidos.

Ilude-se quem argumenta
Que ela é fraca e previsível.
É cheia de jogos e tramas.
E nos torna suscetível.

Tem dias que ela é assim:
Tem riso e choro, ao mesmo tempo.
Morte e nascimento.
Mudanças de comportamento.

Ela é contradição.
Com dupla existência.
A cara e a coroa. 
A mão e a contramão.

Com seus lados diferentes
O pálido e o rosado.
Provoca medo e fantasia.
A agonia e a euforia.

Não importa o que aconteça.
Ela é certa e derradeira.
Não vacila um só instante.
Cumpre à risca e é certeira.


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Nossas singularidades.



Nosso corpo, nosso habitat.
Nosso palco de encenações.
Nossa autobiografia.
Vivências e atuações.

Nossa alma, nossa energia
Nossa parte imaterial
Nossa índole revelada
Nosso eu, imortal.

O corpo nos expõe pela metade. 
Quando revela a aparência
A alma nos expõe com plenitude
Ao revelar a nossa essência.

A alma e o corpo, conflitam!
Não concordam em vários pontos.
Para a alma, a emoção liberta.
Para o corpo, os padrões importa.

São duas singularidades, que nos configura.
Embora diferentes e desencontradas.
Uma se apresenta como corpo: físico.
E a outra se apresenta como alma: abstrata.


* Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.