segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Marcas Emocionais


     De repente, somos pegos por uma onda de emoções e sentimentos. Às vezes de alegria; outras vezes de tristeza, saudades, euforia, compaixão, ou mesmo, somos tomados por lembranças e nostalgias.
     Lembranças de uma vida, de um sorriso, de um cheiro, de um gesto, de uma palavra, de um desejo, uma expressão, um carinho, um conselho, um simples contato ou presença.
    Percebemos então, que ao longo da vida vamos nos compondo de marcas. Marcas emocionais. Porém, nunca sozinhas, mas em consonância com os sonhos. Marcas e sonhos significativos, indeléveis ou transitórios e efêmeros.
      Marcas que nos humaniza e nos transforma no que somos. Sonhos que nos fazem planejar, criar novas metas, novas perspectivas e até novas marcas emocionais.
       Algumas marcas emocionais são serenas e leves; outras são tumultuadas e pesadas; outras ainda surpreendentes.
        Porém, todas são marcas. São impressões que perfilam e delineiam a nossa existência e nossa forma de caminhar na vida. São também nossa biografia.



  *Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.
                 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Boca Fechada.



Cala a boca, Boca!

Se cale, não fale.
Não diga nada.
Não dê palpite.
Fique calada!

Fique muda. 
Porém, astuta!  
Não manifeste nada.
Senão te chamam de louca.

Só observe, analise e reflita.
Mantenha-se à distância, 
Mas, atenta!.
Seja sábia. Só ouça!

Porque,

Quando fala, não é compreendida.
Quando palpita, não é entendida.
Quando opina, fica parecendo intrometida.
Quando pergunta, te acham curiosa.
Quando conta suas histórias, parece que incomoda.
Quando comenta sobre sua vida, não é ouvida.

Portanto,

Use a sabedoria,
A paciência,
A cautela,
A inteligência.
Seja criativa e crítica.
No igual procure ser diferente.
E não gaste palavras, com quem não te entende.

Por isso Boca, se cale!



*Autoria de Maria  Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.      
                                                    

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

PESSOAS e pessoas



Existem pessoas que passam e deixam coisas boas ou destruição. 
Estas são como o vento.
Existem pessoas que ficam em nossas vidas. 
Estas são eternas e significativas.
Existem pessoas interessantes. 
Estas propõem trocas importantes.

Existem pessoas de que temos saudades. 
Estas ficam nas nossas lembranças.
Existem pessoas estranhas. 
Estas são indecifráveis.
Existem pessoas ternas.
Estas são agradáveis.

Existem pessoas amigas. 
Estas são especiais.
Existem pessoas egoístas. 
Estas não têm tempo para o outro.
Existem pessoas altruístas. 
Estas são desprendidas.

Existem pessoas moralistas.
Estas julgam o tempo inteiro.
Existem pessoas divertidas. 
Estas são interessantes.
Existem pessoas tagarelas. 
Estas falam demasiadamente.

Existem pessoas tristes. 
Estas sempre se lamentam.
Existem pessoas hipocondríacas. 
Estas estão sempre doentes.
Existem pessoas otimistas. 
Estas olham a vida positivamente.

Existem pessoas tímidas. 
Estas se encolhem e sofrem.
Existem pessoas agressivas. 
Estas podem nos machucar.
Existem pessoas ousadas. 
Estas não têm medo de nada!

Existem pessoas oportunistas. 
Estas só querem tirar proveito.
Existem pessoas lutadoras. 
Estas são determinadas.
E existem as fofoqueiras. 
Estas cuidam das vidas alheias.

Enfim!

Existem pessoas de tudo que é tipo.
De tudo que é maneira.
PESSOAS grandes
E pessoas pequenas.


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Perspicácia


Quando pensa que não percebo.
Eu sinto.
Quando pensa que não vejo.
Eu enxergo.
Quando pensa que eu não escuto.
Eu ouço.

O camaleão pode mudar de cor.
A raposa pode ser astuta.
O leão pode dar temor.
Mas, a águia é perceptiva.


*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Ebulição



Movimento, 
Agitação,
Perguntas?
Tensão.

Sensações,
Receios,
Medos,
Aspirações.

Ideias,
Hipóteses,
Dúvidas,
Projeções.

Nada a dizer.
Nada a falar.
Só sentir
Experimentar.

É a vida.
O caminhar.
É a expectativa.
O aguardar.

Que transição!
Que confusão!
Que complicado!
Que ebulição!



*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

domingo, 29 de abril de 2012

Introspecção


Silêncio,
Reflexão,
Pausa,
Respiração.

Silêncio,
Reflexão,
Pausa,
Meditação.

Silêncio,
Reflexão,
Pausa,
Ponderação.

Silêncio,
Reflexão,
Pausa,
Resolução.

Silêncio,
Reflexão,
Pausa,
Introspecção.



*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

domingo, 11 de março de 2012

Lembranças


Lembranças têm cheiros e cores.
Sons, texturas e sabores.
Memórias, relíquias, bibelôs.
E um jardim cheio de flores.

Lembranças têm pinguim de geladeira,
Xícaras de porcelanas delicadas.
A velha máquina de costura,
E a antiga penteadeira.

Lembranças têm a casa da vó.
A rede e a comida caseira.
Aroma de café coado da hora.
O mingau e o bolo pão-de-ló.

Lembranças têm conversas corriqueiras.
Cantigas, lendas e histórias infantis
Festa no céu, lenda do boto, boi da cara preta.
São nostalgias e recordações prazenteiras.




*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Olhar da criação


Uns rabiscos
Um contorno,
Um formato,
Uma emoção.

Uma nota,
Uma pauta,
Uma ideia,
Uma canção.

São os sentidos ativos.
Sensibilidade e sensações.
Produzindo melodias
Sob o olhar da criação.



*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Quando conheci minha tia!

Sempre gostei de viajar a Corumbá, cidadezinha calma onde o tempo pára e o pensamento continua. Mas, não hei de esquecer a viagem em que conheci minha tia. Claro que já a conhecia antes: a tia-amada, tia única, tia que parecia mais comigo do que minha mãe! Porém, conhecer mesmo não. Tia igual às outras ela não era mesmo, mas de jeito nenhum. E isso só soube lendo vários textos que ela escreveu.
Descobri que ela à medida que vivia a vida sob a sombra do cotidiano, mantinha o pensamento ativo, o que fazia com que tivesse vontade de se perguntar quase sempre: O que somos afinal? E simplesmente com o uso da palavra fazia de um papel em branco uma erupção de leveza e cor, se renova(ano) sempre, se revelando sempre ...
Revelando? Revelando o que? As facetas do bicho-homem, As singularidades da vida, As metamorfoses da sociedade, As fases do coração humano e uma vontade de expressar toda a singularidade e até desequilíbrios de uma eterna menina-moça sempre entre a razão e emoção, vida e erupção que a fazem se fortalecer.
Entre esses devaneios que somente o escrever é capaz de mostrar uma sensibilidade imensa que poetiza desde um pingo d’água até uma Lua crescente, uma chuva cristalina em plena primavera. A tarde agora é dela... E não mais uma tarde de janeiro como muitas que se vão com um assopro de um dia.
Minha tia tem também as sinuosidades da mulher, assim como uma família normal, mas ainda isso não a torna igual às outras titias por aí. Pois, só essa tem, e de verdade, uma forte referência de vida, o pai (meu avô), que nem o tempo lhe tirou a nobreza. E a mãe bordadeira (minha avó) festejando sempre e todo o dia. Tem também um ex-menino, agora já moço feito, que traz saudades da criança, da infância sempre tão bonita. 
Pois esta é minha tia! Descoberta e cheia de encantos, com sua cidade das almas pequenas, das almas que choram, e que exala cor e alegria, tal qual Dália e sua história de vida, seu corpo amante e amado quando cai no entorpecimento da vida, busca o sono e, então sonha com a cor e o movimento do palhaço ou com brinquedos de papel a voar!
E eu que sou sobrinha, e não uma Luísa desconhecida ou simples estrangeira, digo e repito para quem quer ouvir que tia – agora sim – única como essa, não tem em outro lugar!
Não hei de esquecer da viagem em que conheci minha tia...

* Texto de Autoria de Alice Maria de Figueiredo Souza (minha sobrinha - 16 anos).
* Foto de família.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A invisibilidade



Ficamos na expectativa que algo aconteça.
Esperamos que o ideal se concretize.
Fantasiamos só cores para a vida,
Que a imaginação se materialize.

Solicitamos, mas não somos percebidos.
Gesticulamos, mas não somos vistos.
Gritamos, mas não somos ouvidos.
Expressamos, mas não somos compreendidos.

Começo a acreditar na relação do invisível, 
Do faz de conta ou do presumível.
A visibilidade, vejo que é impossível!
Tudo se tornou impercebível.



*Autoria de Maria Auxiliadora Negreiros de Figueiredo Nery.